segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Movimento Contra as Guitarras Quebradas


Movimento Contra as Guitarras Quebradas

Saiu ontem no Fantástico, em jornais e em praticamente todas os veículos e redes sociais pela internet afora o caso do Gustavo Lima Heavy Metal, que quebrou uma guitarra no palco e os estilhaços atingiram e machucaram uma menina de 10 anos.

Eu sempre tive uma opinião muito negativa a respeito dos músicos que quebram seus instrumentos no palco, seja lá de qual gênero musical eles forem.

Primeiro porque muitas pessoas que vão a esses shows têm bandas cover, ou tocam algum instrumento que, em grande parte dos casos, eles suaram pra conseguir comprar. A “guitarra (ou baixo, ou qualquer outro instrumento) dos sonhos” custou a chegar e eles a tratam como filha. Aí chega um músico enfurecido (ou fazendo graça, na minha opinião) e atira seu meio de vida no chão, a troco de nada, só pelo puro prazer de estilhaçar o instrumento.

É claro, ele pode fazer isso. Quantos outros iguais ou melhores que esse estarão guardados em sua residência/estúdio/qualquer outro lugar? Vários. Você acha que uma guitarrinha fará grande diferença na vida desse artista? Não. Será a tarefa mais fácil do mundo comprar outra igual, caso ele sinta saudades daquela em particular.

Agora, já que quer se desfazer do instrumento, por que não doa-lo pra alguém, joga-lo (inteiro) para a platéia, autografar e fazer um leilão ou qualquer outra atitude que valorize ou favoreça outro (ou outros)? Porque o cara que está no palco pode ser rico, mas os pobres coitados que, se conseguem, tocam em bares noite afora poderiam gastar um dinheiro a menos conseguindo essa guitarra “de presente” em um show.

E os pedaços não machucariam ninguém. Que tal?