Movimento Contra as Guitarras Quebradas
Saiu ontem no Fantástico, em
jornais e em praticamente todas os veículos e redes sociais pela internet afora
o caso do Gustavo Lima Heavy Metal, que quebrou uma guitarra no palco e os
estilhaços atingiram e machucaram uma menina de 10 anos.
Eu sempre tive uma opinião muito
negativa a respeito dos músicos que quebram seus instrumentos no palco, seja lá
de qual gênero musical eles forem.
Primeiro porque muitas pessoas
que vão a esses shows têm bandas cover, ou tocam algum instrumento que, em
grande parte dos casos, eles suaram pra conseguir comprar. A “guitarra (ou
baixo, ou qualquer outro instrumento) dos sonhos” custou a chegar e eles a
tratam como filha. Aí chega um músico enfurecido (ou fazendo graça, na minha opinião)
e atira seu meio de vida no chão, a troco de nada, só pelo puro prazer de
estilhaçar o instrumento.
É claro, ele pode fazer isso.
Quantos outros iguais ou melhores que esse estarão guardados em sua
residência/estúdio/qualquer outro lugar? Vários. Você acha que uma guitarrinha
fará grande diferença na vida desse artista? Não. Será a tarefa mais fácil do
mundo comprar outra igual, caso ele sinta saudades daquela em particular.
Agora, já que quer se desfazer do
instrumento, por que não doa-lo pra alguém, joga-lo (inteiro) para a platéia,
autografar e fazer um leilão ou qualquer outra atitude que valorize ou favoreça
outro (ou outros)? Porque o cara que está no palco pode ser rico, mas os pobres
coitados que, se conseguem, tocam em bares noite afora poderiam gastar um
dinheiro a menos conseguindo essa guitarra “de presente” em um show.
E os pedaços não machucariam
ninguém. Que tal?